14.9.05

Darwin para principiantes

Erro meu. Julgava que o Francisco, após ter sofrido uma mutação, nos viesse revelar outra faceta (menos Viegas? mais José?), uma outra maneira de dizer e de ver as coisas. Que desse um salto. Que nos assombrasse definitivamente depois do último romance. Mas não, we have no more beginnings. O Francisco desiludiu. O Francisco não evoluiu. O Francisco desafiou a Natureza e foi castigado. Por isso é que o seu blog esteve inacessível durante uns dias.
Mas o Francisco não percebeu os sinais da Natureza. Afinal, não leu Darwin. Ó Francisco!

Às voltas com o nome da coisa, o Francisco olhou gulosamente para a estante dos livros - e em má hora tropeçou na secção das ciências. Fica-lhe mal e é publicidade enganosa.
Veja o Pacheco Pereira, que continua igual a si próprio. Julga que ele vai largar a pele do "Abrupto" tão cedo? Julga que ele quer evoluir à pressa, sair directamente da sopa primordial para a Idade do Ferro? Ou sequer evoluir?
Se o Francisco forçou a mudança para que tudo ficasse na mesma (a evolução na continuidade), então que se ficasse pelo "Aviz". A gente não desgostava do "Aviz". A gente habituara-se ao "Aviz". O "Aviz" era... o "Aviz". E tinha possibilidades.

Estamos frustrados, como calcula. E ainda por cima vemo-lo semanalmente entretido com cervejas mortas (eu julgava a Cergal extinta) e os charutos de importação. E a dissolver o alho nocturno num fio de azeite dental. Mas não o acusamos. Se nos perguntarem, diremos apenas: ali mora ainda um pouco do verdadeiro Francisco, do Francisco José Viegas. E não corre o risco de extinção.