8.10.05

Olé olé

O jogo vai a meio e já deu para perceber que:

-Scolari escolhe os jogadores a partir de cadernetas de cromos.
-O cromo mais cobiçado de todos é realmente um grande jogador mas os outros dez à volta atrapalham-no.
-O cromo nº 1 deveria continuar a ser o titular mas da baliza do Clube Desportivo do Montijo.
-Dá gosto ver o afinco com que jogam os jogadores do Liechtenstein quando não têm nada a ganhar.

Pondo de parte tudo isto, há uma coisa que será sempre válida independentemente do resultado. É uma das regras básicas do desportivismo mas parece que as pessoas que nos povoam a televisão decidiram esquecê-la. Mesmo que o jogo fosse contra a selecção de reservas dos estropiados de guerra da Eritreia, nada justifica vitórias cantadas à partida e comentários constantes e desagradáveis a roçar o "engraçadinho" acerca da pequenez da equipa adversária e do país que representa. Até porque o país em questão, mesmo tendo apenas 160 quilómetros quadrados e uma população que ronda os 30 mil habitantes, é um dos mais ricos do mundo. Nós... bom... ponhamos as coisas nestes termos: nós não somos. É melhor ficarmos caladinhos antes que eles decidam comprar-nos e vender-nos para sucata.