Fraude na filarmónica
Existe um país magnífico que resiste e que não diz não. Escapa aos jornais e à televisão e, por isso, tem de se procurar com esmero e paciência. Finalmente achado, entrega-se em todo o seu esplendor.
Por exemplo: quem anda a roubar os instrumentos das nossas bandas filarmónicas? Ninguém sabe. As pessoas murmuram nomes, movimentos nocturnos suspeitos, enriquecimentos apressados. Mas, temendo as represálias, calam-se.
Fala-se de arrumadores sem escrúpulos, a soldo de uma Casa da Música precocemente arruinada, ou talvez uma rede sul-americana com ligações à Imperatriz Leopoldinense. Mas ele há tráfico internacional de fagotes? Oficinas clandestinas para reconversão de bombardinos? Ninguém sabe.
Outros insinuam a cumplicidade dos regentes, de alguns músicos ressabiados do solfejo. Que se teriam vendido ao complexo militar-industrial americano, esbulhador do metal alheio para patriots. Numa versão mais doméstica da coisa, há quem veja nisto apenas a mão de sucateiros da margem sul, que começaram a expandir-se e a diversificar.
Enfim, ninguém sabe nada, mas eles andam por aí - está a ler-me, senhor ministro da Administração Interna?
Em todo o caso, eis a lista dos mais recentes furtos:
Não há cidadão responsável que possa ignorar o drama das filarmónicas mutiladas. Bem podia a Fátima Lopes ou o Goucha levantar o problema logo de manhã. Acordar o país, agitar as consciências. O nosso contributo é deixar o alerta. Mais pormenores já a seguir.
Por exemplo: quem anda a roubar os instrumentos das nossas bandas filarmónicas? Ninguém sabe. As pessoas murmuram nomes, movimentos nocturnos suspeitos, enriquecimentos apressados. Mas, temendo as represálias, calam-se.
Fala-se de arrumadores sem escrúpulos, a soldo de uma Casa da Música precocemente arruinada, ou talvez uma rede sul-americana com ligações à Imperatriz Leopoldinense. Mas ele há tráfico internacional de fagotes? Oficinas clandestinas para reconversão de bombardinos? Ninguém sabe.
Outros insinuam a cumplicidade dos regentes, de alguns músicos ressabiados do solfejo. Que se teriam vendido ao complexo militar-industrial americano, esbulhador do metal alheio para patriots. Numa versão mais doméstica da coisa, há quem veja nisto apenas a mão de sucateiros da margem sul, que começaram a expandir-se e a diversificar.
Enfim, ninguém sabe nada, mas eles andam por aí - está a ler-me, senhor ministro da Administração Interna?
Em todo o caso, eis a lista dos mais recentes furtos:
Flauta YFL 581
Flautim YPC 62
Clarinete Buffet Crampon Prestige
Bombardino em Do Besson, prateado
Sax Tenor Selmer S80 SII prateado
Trompa de Harmonia Sib/F Jupiter dourada
Fagote Schreiber
Flautim YPC 62
Clarinete Buffet Crampon Prestige
Bombardino em Do Besson, prateado
Sax Tenor Selmer S80 SII prateado
Trompa de Harmonia Sib/F Jupiter dourada
Fagote Schreiber
Não há cidadão responsável que possa ignorar o drama das filarmónicas mutiladas. Bem podia a Fátima Lopes ou o Goucha levantar o problema logo de manhã. Acordar o país, agitar as consciências. O nosso contributo é deixar o alerta. Mais pormenores já a seguir.
1 Comments:
Pois é... assim é este Portugal... Ninguém sabe nada... ninguém viu nda... ninguém ouve nada... E assim ficamos nós filarmónicos sem pão para comer.
E já agora acrescenta aí: Flauta YAMAHA YPC 261, flautim Artley handmade em prata, violoncelo e Violino ERA STar, espólio completo de partituras de Johann Strauss, espólio compleoto de partituras e cd's de J.S.Bach...
E assim vai este Portugal... que ninguém vÊ, nem ouve... e nunca ninguém sabe nada... porque não quer saber!
Obrigado Sr. Ministro!!!!
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