19.5.05

Quiçá, quiçá, quiçá

A Constituição europeia já anda por aí, doida para nos cair nos braços e desfalecer entre ais.

De um lado, os parentes acenam-nos com orgasmos múltiplos (ou pelo menos com uma boa dona-de-casa, limpa, séria e arrumada). Seja como for, a senhora é um espanto e recomenda-se.

Do outro, os primos, que nos querem igualmente bem, asseguram-nos, na melhor das hipóteses, uma boa dose de sífilis, gonorreia ou qualquer DST do catálogo. A tipa é um estafermo e tem passagens regulares pela esquadra da Musgueira Norte.

Tenham calma, senhores: não nos entregamos à primeira galdéria com um palmito de cara. Por isso, iniciamos aqui e agora a nossa campanha pelo "talvez", um jeito português de dizer "quem sabe", "vou pensar nisso", "não desfazendo", "antes pelo contrário".

Mas não temos dúvidas: queremos que o nosso "talvez" se misture, antes, durante e depois das urnas, com os "sins" e os "nãos" da comunidade. Viva a promiscuidade. Talvez.