30.11.04
Peço desculpa interrupção STOP governo segue dentro momentos STOP estou fixe STOP apelo serenidade STOP Uf STOP Tio Jorge STOP
Disclaimer
Eu, abaixo assinado, não assumo qualquer responsabilidade - remota ou imediata, tangível ou virtual - pela queda do governo. Aliás, só agora é que cheguei a casa.
Ex-Henrique C., ministro
Ex-Henrique C., ministro
Os Demitidos
Está um bocadinho pálido. Há fígados assim!
"Estás demitido, obviamente demitido
tu nunca roubaste um beijo
e fazes pouco das emoções
és o espantalho dos amantes.
Estás demitido, obviamente demitido
evitas a competência
não reconheces o mérito
és um pilar da cepa torta
E assim vamos vivendo
na província dos obséquios
cedendo e pactuando enquanto der
filósofos sem arte, afugentamos o desejo
temos preguiça de viver
Estás demitido, obviamente demitido
subornas os próprios filhos
trocaste o tempo por máquinas
tu és um pai desnaturado.
Estás demitido, obviamente demitido
arrasas a obra alheia
às vezes usas pseudónimo
tu és um crítico de merda
E assim vamos vivendo
na província dos obséquios
cedendo e pactuando enquanto der
filósofos sem arte, afugentamos o desejo
temos preguiça de viver
Estás demitido, obviamente demitido
encostas-te às convergências
nunca investiste num ideal
tu sempre foste um demitido
tu foste sempre um demitido
já nasceste demitido!"
Jorge Palma, "Os Demitidos" (in Norte)
Nesta data querida...
Hoje estou tão feliz que até as alegações de fraude na Quinta das Celebridades me parecem menos importantes.
Obrigado, cabeça de atum (vossa excelência)!!!
28.11.04
Os sustos que a televisão nos prega
Calma. Também não é motivo para tanto. Afastem lá a lâmina dos pulsos. Lili Caneças não tem um programa de televisão.
Tem um canal.
Achei isto por acaso numa sessão de zapping. Afinal, é só a emissão nocturna do canal da Assembleia da República, preenchida com televendas. Neste caso, de uma colecção de jóias com o nome da popular figura do jet-set. Esta combinação Política/Jet-Set/Cirurgia Plástica/Comércio poderá parecer inusitada à primeira vista. À segunda já não.
27.11.04
Contraditório
1 - Entrevistado pelo Expresso (substantivo masculino), Luís Filipe Menezes assegura que não faz escutas telefónicas. Ficamos mais descansados, pois corriam por aí alguns rumores. Que subsistem: não será antes um dos cobradores do fraque? Ou agente da Mossad? Não: Luís Filipe, diz o próprio, é apenas perseguido pelo seu partido. Não se sabe porquê, mas o caso é sério. Todos os dias, Luís demora duas horas a chegar a casa, pois tem de despistar as suas sombras. Que o marcam a soldo do partido, está claro. Estamos contigo, pá. Sabemos bem o que isso é, também temos o teu partido a moer-nos o juízo de há uns meses a esta parte. Mas, ó Menezes, faz como o Marcelo, que um dia perdeu a vergonha e se atirou ao rio. E vacina-te, se não for demasiado tarde, contra a inutilidade.
2 - Cândida Sic Pinto, ensaiando um espécie de jogo das cadeirinhas dentro do próprio grupo, vai integrar a direcção do semanário acima referido. É a primeira mulher a merecer tamanha distinção. Ao fim de 30 anos, o Dr. Balsemão perdeu a cabeça. Consta que a publicação mudará de género e seguirá um rigoroso regime de expressa substituição hormonal.
3 - O PCP é obrigado a utilizar o voto secreto, pois o braço no ar, está provado, causa lesões em certos tendões do braço e do antebraço. Tudo bem, querem democratizar o PC como levaram a democracia ao Iraque. Mas o que é que o Estado e o cidadão têm que ver com isso, caramba? Que o PCP eleja os seus dirigentes de braço no ar, com bola branca ou bola preta ou até recorrendo ao jogo das cadeiras - o que é que isso nos interessa? Até poderiam fazê-lo pelo tamanho das pilas - a democracia não se importava nada, quando muito assobiava para o lado, por mero pudor. Estamos convosco, camaradas.
4 - Chega de lamúrias: parece que vai ser possível comprar o passe através do Multibanco. O que é nacional, algumas vezes, é bom. Mas alguém liga a isto? Alguém se comove por isto? Alguém faz primeira página disto? Não te merecem, ó SIBS.
2 - Cândida Sic Pinto, ensaiando um espécie de jogo das cadeirinhas dentro do próprio grupo, vai integrar a direcção do semanário acima referido. É a primeira mulher a merecer tamanha distinção. Ao fim de 30 anos, o Dr. Balsemão perdeu a cabeça. Consta que a publicação mudará de género e seguirá um rigoroso regime de expressa substituição hormonal.
3 - O PCP é obrigado a utilizar o voto secreto, pois o braço no ar, está provado, causa lesões em certos tendões do braço e do antebraço. Tudo bem, querem democratizar o PC como levaram a democracia ao Iraque. Mas o que é que o Estado e o cidadão têm que ver com isso, caramba? Que o PCP eleja os seus dirigentes de braço no ar, com bola branca ou bola preta ou até recorrendo ao jogo das cadeiras - o que é que isso nos interessa? Até poderiam fazê-lo pelo tamanho das pilas - a democracia não se importava nada, quando muito assobiava para o lado, por mero pudor. Estamos convosco, camaradas.
4 - Chega de lamúrias: parece que vai ser possível comprar o passe através do Multibanco. O que é nacional, algumas vezes, é bom. Mas alguém liga a isto? Alguém se comove por isto? Alguém faz primeira página disto? Não te merecem, ó SIBS.
25.11.04
O bom filho...
O julgamento do processo Casa Pia vai ser transferido da Boa-Hora para Monsanto. Acho muito bem.
Procura-se tribunal na zona de Benfica, barato, discreto e não fumador, para julgamento do Sr. ex-Presidente João Vale e Azevedo. Pede-se discrição. Máxima urgência.
Procura-se tribunal na zona de Benfica, barato, discreto e não fumador, para julgamento do Sr. ex-Presidente João Vale e Azevedo. Pede-se discrição. Máxima urgência.
Portugal. Todo lá dentro
O novo slogan de promoção do turismo português no estrangeiro. E com isto até umas reles linhas de propaganda parecem apelos à devassidão.
Meeting your needs and expectations, in a country where everything is within your reach. Discover this country of contrasts, ready to welcome its visitors with open arms.
In Portugal you'll have experiences you'll never forget. We're expecting you!
Ou em espanhol: Portugal. Más fuerte!
Afinal este é que é o coiso...
Feliciano Barreiras Duarte. (Tentem acompanhar-me agora) Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro.
24.11.04
A remodelacinha
Porque aqui também se faz serviço público, segue-se um parágrafo em jeito de ponto da situação para que os portugueses fiquem informados acerca da remodelação governamental.
Ora bem... o ministro dos Assuntos Parlamentares, Gomes da Silva, passa a ministro-adjunto do primeiro-ministro. O anterior ministro-adjunto, Henrique Chaves, passa para o recém-criado ministério da Juventude, Desporto e Reabilitação. Por falar em reabilitação, o ministro da Presidência, Morais Sarmento, passa a acumular o presente cargo com o de ministro dos Assuntos Parlamentares. O ministro da Justiça, Aguiar Branco, passa a ministro da Justiça mas da Guiné-Bissau. Fernando Negrão, ministro da Segurança Social, da Família e da Criança, passa ao lado enquanto que a ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, Graça Carvalho, passa a usar um vestidinho rosa com flores verdes que lhe assenta como uma luva. O ministro das Actividades Económicas e do Trabalho, Álvaro Barreto, passa à reforma e o ministro da Administração Interna, Daniel Sanches, passa à frente. José Luís Arnaut, ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional passa a saber de cor o nome do seu ministério e a ministra da Cultura, Maria João Bustorff, passa em revista. Carlos da Costa Neves, ministro da Agricultura, Pescas e Florestas passa a ferro, fazendo companhia à ministra da Educação, Maria do Carmo Seabra, que passa o tempo a tocar clarinete com as mãos atrás das costas. O ministro da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, vocês sabem quem é, passa modelos de lingerie e o ministro dos Negócios Estrangeiros, António Monteiro, passa férias em Banguecoque, contribuindo ao mesmo tempo para um estreitamento das relações bilaterais com a Tailândia. O ministro das Finanças e da Administração Pública, Bagão Félix, passa fome para ver se consegue baixar a tensão e o ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, passa muito bem, obrigado. António Mexia, ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações passa por parvo porque o ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, Luís Nobre Guedes, já estava muito ocupado a passar pelas brasas. O ministro do Turismo, Telmo Correia, estava escondido atrás de um jarrão chinês e passa despercebido.
Ora bem... o ministro dos Assuntos Parlamentares, Gomes da Silva, passa a ministro-adjunto do primeiro-ministro. O anterior ministro-adjunto, Henrique Chaves, passa para o recém-criado ministério da Juventude, Desporto e Reabilitação. Por falar em reabilitação, o ministro da Presidência, Morais Sarmento, passa a acumular o presente cargo com o de ministro dos Assuntos Parlamentares. O ministro da Justiça, Aguiar Branco, passa a ministro da Justiça mas da Guiné-Bissau. Fernando Negrão, ministro da Segurança Social, da Família e da Criança, passa ao lado enquanto que a ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, Graça Carvalho, passa a usar um vestidinho rosa com flores verdes que lhe assenta como uma luva. O ministro das Actividades Económicas e do Trabalho, Álvaro Barreto, passa à reforma e o ministro da Administração Interna, Daniel Sanches, passa à frente. José Luís Arnaut, ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional passa a saber de cor o nome do seu ministério e a ministra da Cultura, Maria João Bustorff, passa em revista. Carlos da Costa Neves, ministro da Agricultura, Pescas e Florestas passa a ferro, fazendo companhia à ministra da Educação, Maria do Carmo Seabra, que passa o tempo a tocar clarinete com as mãos atrás das costas. O ministro da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, vocês sabem quem é, passa modelos de lingerie e o ministro dos Negócios Estrangeiros, António Monteiro, passa férias em Banguecoque, contribuindo ao mesmo tempo para um estreitamento das relações bilaterais com a Tailândia. O ministro das Finanças e da Administração Pública, Bagão Félix, passa fome para ver se consegue baixar a tensão e o ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, passa muito bem, obrigado. António Mexia, ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações passa por parvo porque o ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, Luís Nobre Guedes, já estava muito ocupado a passar pelas brasas. O ministro do Turismo, Telmo Correia, estava escondido atrás de um jarrão chinês e passa despercebido.
21.11.04
O hino improvável
Há certamente uma estética e um movimento santanista. Que evoluirá e, quem sabe, entrará na academia. Para definhar precocemente e desaparecer. Como o respectivo governo, como a folha no Outono.
Mas temos de reconhecer, no caso do hino, o famoso hino que parece inaugurar essa estética e esse movimento, que se trata do resultado de um mero acaso, de milhões de acasos, aliás, de uma extraordinária conjugação de factores e variáveis militando contra o cálculo de probabilidades. Numa ordem de grandeza comparável, foi como se um macaco sentado ao computador, ao fim de alguns biliões de anos de dores lombares, tecla após tecla, tecla após tecla, tecla após tecla, numa colossal demonstração de humildade e persistência símia, acabasse por reproduzir na íntegra e com toda a perfeição a versão servo-croata do Hamlet.
Foi o que aconteceu, no entanto, ao jovem quadro da JSD escalado para falar neste último Congresso. Ele foi apenas o veículo escolhido, o instrumento da revelação, o medium. No Verão passado, na Universidade de Verão do partido, participara em workshops de escrita criativa. Em simulações orientadas, escreveu o discurso que abaixo se reproduz. Salvou-o no portátil para ocasião apropriada e não pensou mais no assunto. Quando o quis recuperar para o Congresso, verificou que um vírus ou um verme qualquer tinha afectado o sistema. E também aquele texto. E de que maneira. Abrir abria, mas não estava lá todo, apenas parte, como um deserto branco semeado de tufos de palavras aqui e ali, a esmo, que tinham resistido à monda vírica.
O jovem quadro não queria acreditar no ecrã. À sua volta, juntaram-se bocas de espanto, cresceram os murmúrios assustados pelo evidente sinal de milagre, pelo prenúncio de outras maravilhas. Como foi possível? Como aconteceu? Foi o vírus, foi o vírus. Mas, não há fraude, manipulação? Foi o vírus, como é possível? Foi possível, sim senhor. Contra o cálculo de probabilidades, contra a entropia socialista.
Resta apenas publicá-lo (o jota tinha feito cópia em disquete), o discurso que o vírus ratou e revelou como a mais fina renda linguística, infratexto que emergiu em todo o esplendor para fazer agora o seu caminho de emancipação e glória nas fundas gargantas alaranjadas.
(a cores, naturalmente, o que sobrou para o hino)
Caros Companheiros
Há quem diga que já não somos actores da história actual. Não é verdade. Outrora, vivemos momentos de coragem e de glórias nos cobrimos, mas o pátrio orgulho do passado só aparentemente desapareceu neste canto da Europa abraçado pelo mar.
Surge agora a oportunidade para vencer os desafios que temos pela frente. Renasce a esperança no olhar desse povo soberano, a que nos orgulhamos de pertencer, que abre a porta do destino, desta vez já não fatalista. Abramos, pois, as portas, que o futuro quer entrar de vez. Para ficar.
O que queremos? Queremos mais Portugal, que é já grande, afinal. Sim, grande e luso, pequenino embora, talvez, na ambição. Mas esta nova força para o mundo não pode, no entanto, ser motivo de espanto, que os jovens desta geração Portugal tem visto brilhar aquém e além-fronteiras.
Dentro dos estádios se gritou muito recentemente, mas fora dos estádios, pela diáspora portuguesa se ouve e se grita Viva Portugal. E que nos pede Portugal? Apenas a alma. E quando se lhe pede a alma, bate o peito do Português com mais força, quando sente esta nova força para o mundo que afinal já foi seu. Nosso e também meu. Orgulho, Portugal, temos orgulho em ti porque não morreste.
Vem aí um tempo novo de acreditar que vamos lá, que Portugal é também capaz de ser mais feliz consigo próprio e com os outros. E tem de ser o PSD a protagonizar essa mudança, trabalhando sempre mais e melhor para a alcançar.
Por isso, acreditamos no nosso líder. O companheiro Santana Lopes é a voz por que aguardávamos. Na frente, na vanguarda do futuro, no Continente e nas Regiões, de norte a sul do País, ele é a voz dos oprimidos, a voz e o rosto, o primeiro de todos nós.
Com ele, o País Grita Viva Portugal. Mas não estamos sozinhos. É, pois, também meu orgulho, meu país que me segues pela televisão, dizer que esta nova força para o mundo também pode um dia signicar que o mundo se rende ao génio lusitano e também Grita Portugal connosco. Obrigado. Viva o PSD. Viva Portugal.
Mas temos de reconhecer, no caso do hino, o famoso hino que parece inaugurar essa estética e esse movimento, que se trata do resultado de um mero acaso, de milhões de acasos, aliás, de uma extraordinária conjugação de factores e variáveis militando contra o cálculo de probabilidades. Numa ordem de grandeza comparável, foi como se um macaco sentado ao computador, ao fim de alguns biliões de anos de dores lombares, tecla após tecla, tecla após tecla, tecla após tecla, numa colossal demonstração de humildade e persistência símia, acabasse por reproduzir na íntegra e com toda a perfeição a versão servo-croata do Hamlet.
Foi o que aconteceu, no entanto, ao jovem quadro da JSD escalado para falar neste último Congresso. Ele foi apenas o veículo escolhido, o instrumento da revelação, o medium. No Verão passado, na Universidade de Verão do partido, participara em workshops de escrita criativa. Em simulações orientadas, escreveu o discurso que abaixo se reproduz. Salvou-o no portátil para ocasião apropriada e não pensou mais no assunto. Quando o quis recuperar para o Congresso, verificou que um vírus ou um verme qualquer tinha afectado o sistema. E também aquele texto. E de que maneira. Abrir abria, mas não estava lá todo, apenas parte, como um deserto branco semeado de tufos de palavras aqui e ali, a esmo, que tinham resistido à monda vírica.
O jovem quadro não queria acreditar no ecrã. À sua volta, juntaram-se bocas de espanto, cresceram os murmúrios assustados pelo evidente sinal de milagre, pelo prenúncio de outras maravilhas. Como foi possível? Como aconteceu? Foi o vírus, foi o vírus. Mas, não há fraude, manipulação? Foi o vírus, como é possível? Foi possível, sim senhor. Contra o cálculo de probabilidades, contra a entropia socialista.
Resta apenas publicá-lo (o jota tinha feito cópia em disquete), o discurso que o vírus ratou e revelou como a mais fina renda linguística, infratexto que emergiu em todo o esplendor para fazer agora o seu caminho de emancipação e glória nas fundas gargantas alaranjadas.
(a cores, naturalmente, o que sobrou para o hino)
Caros Companheiros
Há quem diga que já não somos actores da história actual. Não é verdade. Outrora, vivemos momentos de coragem e de glórias nos cobrimos, mas o pátrio orgulho do passado só aparentemente desapareceu neste canto da Europa abraçado pelo mar.
Surge agora a oportunidade para vencer os desafios que temos pela frente. Renasce a esperança no olhar desse povo soberano, a que nos orgulhamos de pertencer, que abre a porta do destino, desta vez já não fatalista. Abramos, pois, as portas, que o futuro quer entrar de vez. Para ficar.
O que queremos? Queremos mais Portugal, que é já grande, afinal. Sim, grande e luso, pequenino embora, talvez, na ambição. Mas esta nova força para o mundo não pode, no entanto, ser motivo de espanto, que os jovens desta geração Portugal tem visto brilhar aquém e além-fronteiras.
Dentro dos estádios se gritou muito recentemente, mas fora dos estádios, pela diáspora portuguesa se ouve e se grita Viva Portugal. E que nos pede Portugal? Apenas a alma. E quando se lhe pede a alma, bate o peito do Português com mais força, quando sente esta nova força para o mundo que afinal já foi seu. Nosso e também meu. Orgulho, Portugal, temos orgulho em ti porque não morreste.
Vem aí um tempo novo de acreditar que vamos lá, que Portugal é também capaz de ser mais feliz consigo próprio e com os outros. E tem de ser o PSD a protagonizar essa mudança, trabalhando sempre mais e melhor para a alcançar.
Por isso, acreditamos no nosso líder. O companheiro Santana Lopes é a voz por que aguardávamos. Na frente, na vanguarda do futuro, no Continente e nas Regiões, de norte a sul do País, ele é a voz dos oprimidos, a voz e o rosto, o primeiro de todos nós.
Com ele, o País Grita Viva Portugal. Mas não estamos sozinhos. É, pois, também meu orgulho, meu país que me segues pela televisão, dizer que esta nova força para o mundo também pode um dia signicar que o mundo se rende ao génio lusitano e também Grita Portugal connosco. Obrigado. Viva o PSD. Viva Portugal.
Grande luso pequenino?
O PSD de Pedro Santana Lopes tem novo hino. Chama-se "Geração Portugal" e a letra reza assim:
Somos actores da História/ de coragem e glórias/ pátrio orgulho do passado/ abraçado pelo mar./ Para vencer os desafios/ desse povo soberano/ abre a porta do destino/ que o futuro quer entrar./ Queremos mais Portugal/ grande luso pequenino/ nova força para o mundo/ geração Portugal./ Grita Viva Portugal/ pede a alma, bate o peito/ nova força para o mundo/ meu orgulho Portugal./ Tempo novo de acreditar/ de ser mais feliz/ de ser PSD/ sempre mais e melhor./ Santana Lopes é a voz/ na vanguarda do futuro/ de norte a sul/ de todos nós./ Grita viva Portugal/ meu orgulho, meu país/ nova força para o mundo/ grita Portugal./ Grita viva Portugal/ meu orgulho, meu país/ nova força para o mundo/ viva Portugal.
Fala-se já até em "estética santanista." O movimento promete alargar-se da música a outras formas de arte. Em breve, será inaugurado um mural cobrindo a parede lateral de um edifício da baixa lisboeta, até agora rodeado de andaimes e coberto de tapumes, que será o primeiro exemplo desta "estética santanista" aplicada às artes plásticas. O motivo central do mural será um retrato do primeiro-ministro de braços abertos e sorriso cândido, irradiando raios solares sobre portugueses anónimos representados na sua labuta diária de cidadãos conscientes e obedientes. A um canto, caberá ainda o ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, representado a sodomizar uma ovelha negra (alegoria ao comunismo, ao ateísmo, ao aborto e à falta de valores em geral) ostentando também ele um amplo esgar de contentamento que alastra ao ovino focinho da sodomizada, manifestamente contente com as dimensões do órgão democrático do seu conviva. A obra é da responsabilidade do conceituado pintor de Viseu, Ramiro Dias Loureiro.
Somos actores da História/ de coragem e glórias/ pátrio orgulho do passado/ abraçado pelo mar./ Para vencer os desafios/ desse povo soberano/ abre a porta do destino/ que o futuro quer entrar./ Queremos mais Portugal/ grande luso pequenino/ nova força para o mundo/ geração Portugal./ Grita Viva Portugal/ pede a alma, bate o peito/ nova força para o mundo/ meu orgulho Portugal./ Tempo novo de acreditar/ de ser mais feliz/ de ser PSD/ sempre mais e melhor./ Santana Lopes é a voz/ na vanguarda do futuro/ de norte a sul/ de todos nós./ Grita viva Portugal/ meu orgulho, meu país/ nova força para o mundo/ grita Portugal./ Grita viva Portugal/ meu orgulho, meu país/ nova força para o mundo/ viva Portugal.
Fala-se já até em "estética santanista." O movimento promete alargar-se da música a outras formas de arte. Em breve, será inaugurado um mural cobrindo a parede lateral de um edifício da baixa lisboeta, até agora rodeado de andaimes e coberto de tapumes, que será o primeiro exemplo desta "estética santanista" aplicada às artes plásticas. O motivo central do mural será um retrato do primeiro-ministro de braços abertos e sorriso cândido, irradiando raios solares sobre portugueses anónimos representados na sua labuta diária de cidadãos conscientes e obedientes. A um canto, caberá ainda o ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, representado a sodomizar uma ovelha negra (alegoria ao comunismo, ao ateísmo, ao aborto e à falta de valores em geral) ostentando também ele um amplo esgar de contentamento que alastra ao ovino focinho da sodomizada, manifestamente contente com as dimensões do órgão democrático do seu conviva. A obra é da responsabilidade do conceituado pintor de Viseu, Ramiro Dias Loureiro.
20.11.04
How I Learned to Stop Worrying and Love the W
We'll meet again, don't know where, don't know when,
But I know we'll meet again some sunny day.
Keep smiling through just like you always do,
Till the blue skies drive the dark clouds far away.
So will you please say hello to the folks that I know, tell them I won't be long.
They'll be happy to know that as you saw me go, I was singing this song.
We'll meet again, don't know where, don't know when,
But I know we'll meet again some sunny day.
_________________________
Letra de "We'll Meet Again" , tema final de " Doctor Strangelove ", de Stanley Kubrik
Perguntar ofende
1 - O que fazia Deus antes de criar o Mundo? Segundo Santo Agostinho, entretinha-se a criar o Inferno para todos aqueles que fizessem esse tipo de perguntas.
2 - Churchill, questionado um dia sobre a Rússia de Estaline, reconheceu que a coisa lhe parecia "uma charada embrulhada num mistério dentro de um enigma".
3 - "Concorda com a Carta de Direitos Fundamentais, a regra das votações por maioria qualificada e o novo quadro institucional da União Europeia, nos termos constantes da Constituição para a Europa"?
4 - Os meninos que propõem a supracitada ............... embrulhada num ................ dentro de um ............. ficam sem recreio e vão para o .............. (preencher à vontade).
2 - Churchill, questionado um dia sobre a Rússia de Estaline, reconheceu que a coisa lhe parecia "uma charada embrulhada num mistério dentro de um enigma".
3 - "Concorda com a Carta de Direitos Fundamentais, a regra das votações por maioria qualificada e o novo quadro institucional da União Europeia, nos termos constantes da Constituição para a Europa"?
Pausa para reflexão
4 - Os meninos que propõem a supracitada ............... embrulhada num ................ dentro de um ............. ficam sem recreio e vão para o .............. (preencher à vontade).
17.11.04
Por esse rio abaixo
A reunião do Governo na "Sagres" é perfeitamente normal numa terra de marinheiros e enjoos recorrentes. No cais, todavia, um País choroso lamentou o regresso dos embarcados: então o navio não deveria ter zarpado de Lisboa, as velas cheias de vento e o capitão e o imediato à proa, em ternáutica coligação outonal?
16.11.04
Acto falhado
Que quereria Morais Sarmento chamar a Francisco Louçã?
No congresso do PSD chamou-lhe grilo falante, o que faz do governo um imenso pinóquio.
Logo... nao seria grilo falante... o que seria?
No congresso do PSD chamou-lhe grilo falante, o que faz do governo um imenso pinóquio.
Logo... nao seria grilo falante... o que seria?
13.11.04
11.11.04
Um momento TVI
Repórter: -São castanhas nacionais?
Vendedora de castanhas: -Não. São de Trás-os-Montes.
Feliz São Martinho a todos.
Vendedora de castanhas: -Não. São de Trás-os-Montes.
Feliz São Martinho a todos.
6.11.04
Bizarrias ortográficas
Fazendo um zapping nocturno, deparei-me com um fenómeno estranho. Parece que alguém se lembrou de criar um "campeonato nacional da língua portuguesa." Integrada de alguma maneira nesta iniciativa, achei Bárbara Guimararães na SIC Notícias a explicar o significado da palavra "cabala." Lá estava ela com o seu ar de princesinha da cultura carrilhosa e do saber maquilhado a debitar em tom professoral as nuances do termo.
E, de repente, percebi como é possível que alguém se transforme de um momento para o outro num assassino em série ou num ditador genocida.
E, de repente, percebi como é possível que alguém se transforme de um momento para o outro num assassino em série ou num ditador genocida.
4.11.04
3.11.04
A cabala e o burro
Então esteve o pessoal acordado até tarde, colado à televisão, para isto? De que serviram os votos da Europa? E o Michael Moore? E o Bruce on the road? E a senhora Heinz à frente do lóbi português? E os enviados da SIC? E o Nuno Rogeiro? Aqui há cabala. E da grossa. Não se monta assim um espectáculo para o mau da fita casar com a moça. Pagámos bilhete, queríamos um fim à maneira, à Dirty Kerry, make my day punk. Mas não. Ainda se pusessem o Billy Cristal a apresentar a coisa, como nos Óscares. OK, Kerry, estás despedido. Já te tínhamos avisado, à primeira, rua. Resta-nos a vingança, que, ao contrário do que dizem, se serve a ferver. Retirem, pois, todos os W do teclado (e o M, que é o W invertido). Mudem para Linux. Queimem as gangas e os discos dos Doors. Mandem regressar os emigrantes (e os enviados da SIC). Desertem os McDonalds e a Disneyland. Ou então não paguem. Pregai os malefícios da Coca-Cola e da Broadway. Times Square à hora de ponta? Não conhecem a IC19. E a 25 de Abril é mais bonita que a Golden Gate, a Boca do Inferno mais excitante que o Grand Canyon. Nashville? Temos o pessoal do Redondo e os EnaPá. Las Vegas? Olhai o bingo do Belenenses. Ai ele é o Spielberg e Silicon Valey? Não há pai pró Canijo e prá Moderna. Isaltino, és o nosso Giuliani. Desliguem o Jay Leno (basta-nos o Goucha) e o Seifeld (avance o Fernando Rocha). T'arrenego Frank Carlluci e Joe DiMaggio. E o pecado que mora ao lado. Mais o Dallas e o Jim Carrey e as entrecoxas da Sharon Stone . Ala que se faz tarde. Escrevam ao vosso deputado e ao Rui Gomes da Silva. E que não venha agora o Presidente apelar à serenidade. Basta. Quatro anos não são quatro dias. Mais do mesmo? O George, o Dick, o Donald, a Condolezza? Todos juntos e unplugged? Credo. Antes o Santana por mais um ano. Espirra o americano e a gente tem de dizer santinho. E emprestar-lhe o lenço. E bater-lhe nas costas: então quando aparece lá por casa? Bonito, ó Vasco, que o mundo está perigoso. God bless America e também não se esqueça de nós.