30.1.05

Águas de Fevereiro

Marcelo e Menezes, interpretando correctamente a angústia dos portugueses pela temida ausência da chuva até Abril, vão estender de Gaia a Celorico um cordão humano de energias positivas, de modo a esconjurar a seca e rapidamente humidificar a Nação.

M&M lançam o desafio a todos os partidos para que "engrossem a cadeia" com os seus militantes, clientelas e governos-sombra, "clarificando as águas turvas próprias do clima eleitoral em que vivemos". E ameaçam: "ou estão connosco ou serão responsáveis pelo País gretado que legaremos às futuras gerações".

Até ao momento, apenas Portas e Monteiro se deixaram ir na corrente. "Sou ministro do Mar, não preciso de dizer mais nada", explicou o ministro do Mar. Monteiro, lacónico, pensa sinceramente que "podemos viver com défice, mas não podemos viver com défice de água".

O PS mostrou-se algo receptivo, mas criticou a localização geográfica, que considera "padecer de alguma precipitação". Seguro preferia que "o elo salvífico se estendesse entre o Rato, S. Bento e Belém, que até fica simbolicamente em frente ao rio".

O PSD ainda não reagiu, mas fontes próximas do Primeiro-Ministro adiantam que a mobilização do partido se fará certamente através da JSD, que já começou a preparar um novo outdoor inspirado em temas hídricos.

Na nota que enviou à imprensa, o PC mostrou-se confiante na "resposta que os trabalhadores da Meteorologia darão no acto eleitoral, alterando radicalmente as previsões que, gota a gota, inudam a opinião pública com a inevitabilidade de uma enxurrada absoluta".

Finalmente, o Bloco recusa em absoluto a ideia: "O País está sedento de uma bátega, mas de uma bátega verdadeiramente de esquerda. Este hipócrita pacto de regime revela o desespero desses senhores pela merecida travessia do deserto que vão iniciar a 20 de Fevereiro". Além disso, afirma Francisco, "que autoridade têm para falar da matéria? Alguma vez cantaram à chuva? Alguma vez fizeram chover"?

Magalhães, estreito colaborador de Marcelo e porta-voz da iniciativa, considera que "não é líquido que S. Pedro nos faça logo a vontade, mas já seria uma vitória se houvesse aguaceiros pelo menos no dia das eleições, não a morrinha habitual".




26.1.05

Governance

No banco do jardim, indiferente ao frio polar, um velhote comentava para o lado a discreta governance do Senhor Gonçalves, proclamado antecessor do Senhor Pinto: "É obra".

Olhos de Água

A TVI volta a bater na ceguinha!

Promessas de campanha

Afinal, o que é feito do frio polar? Já não vem? Passou, estrategicamente, a ser só uma ligeira descida de temperatura?

Isto está mau...

21.1.05

Oops

"Ninguém daqueles que em nós confiaram, terá agora razões para deixar de desconfiar."

Pedro Santana Lopes em comício no Centro Cultural de Belém. Eu ouvi!

14.1.05

Momentos impagáveis do Portugal real

Numa reportagem sobre a aceitação do euro, a RTP foi para a rua recolher a opinião dos populares. Segue-se a transcrição aproximada (e com o máximo de fidelidade possível).

Popular do Norte: -O euro veio estragar a vida a muita gente!
Repórter: -Gostava que o escudo regressasse?
Popular do Norte: -Gostava. Assim como o Salazar. *sorriso desdentado*

Palpites

A chatice


O susto


O horror


A loucura


O Manel



Eu bem vos tinha avisado

13.1.05

Geração sifão

O senhor Ramos, influente da Madeira, pensou somar-se à comitiva presidencial que assola a China para "desbloquear finalmente a venda de sifões de retrete" da União Europeia àquele país. Mas subtraiu-se à última hora, horrorizado com a ideia de "vender material de primeira aos comunistas". "Que se borrem todos. E além disso, estou-me a cagar para andar de tartaruga ou de elefante", desabafou o influente.
À primeira vista, trata-se de uma alusão às inclinações de um antigo vizinho dos pastéis de Belém pelas montarias fora-de-portas e colaterais danos no erário público. Mas não esconde o natural fascínio do senhor Ramos por um mercado potencial de mais de mil milhões de descargas matinais.

O senhor Monteiro revelou que possui apenas troco de 75 mil euros para as despesas de água e de luz (condomínio à parte), extorquidos a alguns militantes anónimos da ND que têm arrecadado simpáticos prémios no Totoloto. "Podemos ser lentos como a tartaruga, mas temos, como na fábula de Esopo, a força do elefante", acrescentou o discreto líder.
Se não for eleito, o passe do senhor Monteiro será adquirido pelo Gato Fedorento, que tem direito de preferência.

O senhor Sarmento desafiou o senhor Sócrates para um duelo em Castelo Branco.
Ao entardecer, de barbatanas e fio dental. Em directo na SIC Radical, que tem direito de preferência.

11.1.05

A estreia

Eis-nos chegados finalmente à semana da estreia de "João Semana," a nova série da parceria RTP-Moita Flores baseada nas "Pupilas do Senhor Doutor" de Júlio Dinis, momento pelo qual aguardávamos desde que nascemos. Antes disso, o espectador interessado poderá ver uma compilação dos vários episódios de "A Ferreirinha" num telefilme que incluirá ainda, ao que parece, cenas inéditas. É uma espécie de versão prolongada em DVD mas transmitida na televisão porque, valha-nos isso, ninguém seria suficientemente optimista para editar tal coisa e também porque ninguém em seu perfeito juizo compraria um DVD daquela merda. E quando digo "merda," quero mesmo dizer "merda." Há coisas que só podem ser ditas de uma maneira.
Mas é perfeitamente legítimo achar que "João Semana" pode ser melhor do que "A Ferreirinha" mesmo com o mesmo elenco, o mesmo autor ou a mesma campanha promocional autista. É legítimo. Eu não acredito. E passo a explicar porquê. Por isto:

10.1.05

Dentes de galinha

Pedro Santana Lopes reconheceu que a polémica gerada em torno da saída de Morais Sarmento para treinar a equipa dos Camarões é uma «notícia incómoda».
Não se percebe: trata-se da selecção de boxe. Até se percebe: o Governo perde um peso-pesado.

O cabeça de lista do PSD em Braga, Luís Filipe Menezes, considerou que Artur Jorge «é um dos pais do desemprego em Portugal».
Não se conhecia a vocação de bufo de LFM. O País agradece e murmura considerações acerca da respectiva mãe.

A nova norma da estrada, que prevê que o condutor pague as coimas antes de cometer a infracção, pode ser inconstitucional.
Trata-se apenas de prevenir. Porque ele há caloteiros e bons pagadores. E a GNR não usa o polígrafo.

Na apresentação da sua lista por Aveiro, Marques Mendes desafiou Paulo Portas para um duelo.
Ao amanhecer e com bolas de Berlim. Com creme.

7.1.05

Casquices

Porque mesmo na tragédia é possível encontrar pormenores ternurentos, a SIC noticia que um grupo de tartarugas marinhas mantidas em cativeiro num dos países afectados pelo maremoto sobreviveu ileso ao avanço das águas.

E a estupidez dura... e dura... e dura...

3.1.05

O quinto boato do ano...



Quatro destes boatos não passam disso mesmo. Adivinhe quais!

O quarto boato do ano...

O terceiro boato do ano...

O segundo boato do ano...

O primeiro boato do ano...