31.8.06

futebol, finanças e fifa

Duas das principais agências de notação financeira, a Fitch e a Standard & Poor's, ameaçaram baixar o rating de Portugal se a Federação e a Liga não resolverem rapidamente o "caso Mateus". A República agradece a atenção.

30.8.06

Dura lex...

As providências cautelares servem para alguma coisa útil? E não poderá acabar-se com elas?

29.8.06

Barrancos



Uma vez por ano, para nos lembrar que não há lei que nos valha.

27.8.06

Todos os nomes

Primeiro foi a "Liga." Depois, veio a "Liga Betandwin." Agora, para contornar a legislação que regula as apostas, passámos a ter a "BwinLiga."

"BwinLiga"? Será possível que nenhuma das pessoas que criaram o nome se desse ao trabalho de o ler em voz alta e constatar como soa ridículo? O que é uma "BwinLiga"? Uma fada da floresta?

Tragam-nos a 1ª Divisão de volta!

24.8.06

Aquela gente

Photobucket - Video and Image Hosting

Sempre que vejo Fernando Pinto do Amaral na televisão, a minha segunda reacção é sempre a mesma. Achar que, mais do que professor universitário, poeta, crítico literário e figura da intelectualidade, a sua faceta mais marcante é a de peru vaidoso com dioptrias a mais. A segunda porque a primeira reacção (que também nunca varia) é conter o vómito. Mas estou consciente de que isso é um problema meu e de que tenho de aprender a não deixar aparições televisivas perturbarem-me a digestão.

Desta vez, Fernando Peru do Amaral veio à SIC Notícias para comentar a revista de imprensa. Começando por uma palavra de solidariedade para com Carlos Sousa, o autarca setubalense demissionário (porque os ícones da cultura também conseguem interessar-se pela política do homem comum), Nandinho voltou em seguida o seu olhar penetrante e hipnótico para a situação no Médio Oriente, referindo não ter dúvidas de que o Irão demonstra pretensões hegemónicas regionais que poderão desencadear um conflito sangrento a curto ou médio prazo, comparando o país do impronunciável Ahmadinejad à Alemanha de Hitler. E talvez tenha razão. Mas não conseguiu evitar referir também a preocupação que nele provoca o modo como "aquela gente" não tem medo de morrer devido ao lugar-comum do paraíso prometido e como uma guerra religiosa é mais terrível do que qualquer outra forma de conflito.

O que é mais preocupante aqui é a frequência cada vez maior com que figuras públicas das várias áreas não se coíbem de fazer referências aos árabes ou a todos os muçulmanos como "aquela gente", tomando a minoria disposta a usar coletes de explosivos pelo todo (os infindáveis milhões de gente comum que restam). E mais preocupante se torna se levarmos em consideração que não terão a mesma facilidade em usar expressões como "aquela gente" em relação, por exemplo, aos africanos ou aos asiáticos. Estabelecendo outro paralelo com a Alemanha de Hitler, talvez alguém consiga recordar-se de outro período na história em que se tornou moda demonizar os seguidores de uma religião e a etnia a ela associada.

Já agora, porque os paralelos saem mais baratos em conjuntos de três, não me parecia desajustado que Fernando Pinto do Amaral fosse obrigado a usar um emblema de pano colorido cosido às camisas (um losango azul-bebé, por exemplo). Não há nenhum motivo especial. Seria apenas por maldade e para aprender a não ser tão feio e esquisito.

PS-Hezbollah, mullahs, Hamas e outros maluquinhos de túnica e turbante habituaram-se a chamar "cruzados" aos países ocidentais que intervêm nos seus assuntos internos. E recorde-se que, naquela parte do mundo, os cruzados históricos não têm a aura positiva que têm na Europa, mas sim uma outra mais próxima da realidade, ou seja, a de fanáticos religiosos que invadiram terra alheia, matando e pilhando em nome da Cristandade. Continuando a vulgarizar-se este discurso e o fervor com que todos referem o choque de civilizações e a guerra religiosa, começamos, cada vez mais, a dar-lhes razão.

23.8.06

Malucos do riso

No jornal da TVI, a pivot de serviço explicou que beber até 6 cafés por dia pode ajudar a prevenir alguns tipos de cancro e a diabetes. Tudo porque os cafés ajudarão a "impedir a deter... deterio... enfim... a falha das células " (sic).

15.8.06

O regresso do terror

Está bem. Partamos do princípio de que é possível criar um explosivo poderoso, despejando um pacote de leite achocolatado para dentro de um frasco de detergente para a louça. E aceitemos que tal explosivo possa ser detonado usando a bateria de um telemóvel.

Alguém me explique, por favor, em que parte do avião é que o terrorista ou terroristas poderão fazer a mistura sem alertar a atenção de outros passageiros ou da tripulação. Sim... na casa de banho. Muito bem. E a fila de árabes com um ataque repentino e simultâneo de diarreia à espera de entrar num dos cubículos minúsculos não vai deixar ninguém desconfiado.

E, já agora, onde estão os suspeitos de planear este último ataque terrorista? Vamos ter direito a processos judiciais desta vez ou contentamo-nos com uma fotografia tipo passe e uma lista de nomes?

3.8.06

O momento mais surrealista de todo o Verão:

Paulo Sousa e Sousa Cintra no funeral de Jorge de Brito. Pacheco devia ter a cara de pau a envernizar.

Quem disse que o futebol é só um jogo, mente!

"É que, perante a composição do plantel de 2006/07, não se afigura muito viável o retorno ao 4x2x3x1 e mesmo o 4x3x3 levanta muitas dúvidas. A hora parece ser da opção pelo 3x4x1x2..."

in A BOLA, 3/6/06